Neste artigo falaremos sobre o Cloud Adoption Framework e, como o nome já diz, é um framework criado para facilitar a adoção da nuvem. Um guia de estratégias de negócios e áreas de tecnologias.
Este guia conta com ferramentas, diretrizes e modelos para auxiliar a adoção de melhores práticas baseados em casos de sucesso do mercado, testados e avaliados por diversas empresas.
O CAF (Cloud Adoption Framework) segue um plano com várias etapas, cada uma destas etapas deve ser estudada e planejada junto aos setores da empresa. Tendo assim, um plano mais adequado para as características do seu negócio.
Mas migrar para a nuvem não é só criar VMs (Máquinas Virtuais) no Azure?
Esta é uma estratégia a ser adotada, porém as VMs nas nuvens, em geral, são os recursos mais caros, isso porque uma VM envolve diversas necessidades como discos, rede, memória, licenciamento e outros.
Em muitos casos, podemos economizar utilizando recursos como serviços (PaaS ou SaaS). Por exemplo, se no seu ambiente On-Premisses tiver um banco de dados, ele pode ser migrado para o Azure como um dos diversos serviços de banco de dados disponíveis, há vários tipos de bancos de dados, como o SQL Server, PostgreSQL, MySQL etc. e temos várias camadas de valores com mais, ou menos recursos.
Levando em consideração estas opções, a migração para a nuvem pode ser mais complexa do que se espera, cruzar as variadas opções pode ser uma tarefa árdua sem um auxílio especializado.
Embora a nuvem ofereça uma grande flexibilidade, o CAF oferece uma metodologia comprovada e consistente para garantir o sucesso da adoção da nuvem. E ele se adequa a vários cenários como, híbrido, multinuvem, plataformas de aplicativos modernas, varejo e muito mais.
Antes de iniciar com as etapas do CAF, vou explicar um termo que vai ser muito usado no decorrer deste artigo e muitas pessoas não devem estar familiarizadas, que é “Carga de trabalho”. Uma carga de trabalho é uma coleção de ativos de TI que dão suporte a uma operação específica do negócio.
Etapas:
A imagem abaixo mostra as etapas do CAF. Vale lembrar que, o CAF apoia seu negócio em todas fazes da adoção da nuvem, seja na definição dos recursos, ou após a migração para manter os recursos na nuvem.
Abaixo, explicaremos brevemente cada etapa:
- Definir Estratégia:
Esta primeira etapa consiste em entender as motivações, justificativas para a adoção da nuvem, o que se espera como resultado e quais serão as prioridades.
As motivações e justificativas são basicamente o porquê de adotar uma nuvem para compor os recursos de TI. Estas motivações podem incluir: redução de custo, falta de mão de obra, agilidade no aumento de recursos, etc.
Estes pontos devem estar bem claros a todos os envolvidos. Sejam stakeholders internos ou parceiros, todos devem estar alinhados com a estratégia da organização que, por sua vez, deverá incluir a área de tecnologia, caso contrário teremos problemas com os resultados esperados por cada área.
Tendo em vista as motivações e o resultado esperado da adoção da nuvem, facilitamos a definição dos próximos passos até a migração. Sendo que, esses passos devem seguir as prioridades que foram definidas anteriormente.
Primeiramente iremos definir e documentar todo o necessário para adotar a nuvem. Se simplesmente criarmos recursos sem uma definição, sem uma estrutura criaremos recursos desnecessários e aí vem o problema da maioria das empresas em gastar valores exorbitantes com a nuvem.
Em resumo, o que faremos é:
- Definir as motivações e a justificativa;
- Definir as prioridades, quais passos e em qual ordem vamos seguir para atingir o objetivo;
- O que esperar ao final, qual o resultado esperado com esse projeto.
Vejam que em nenhum momento acessamos o Azure para criar um recurso, isso por que estamos na primeira etapa, onde tudo está sendo documentado e assim faremos, até a etapa 4.
2. Planejar
Esta etapa consiste em criar uma abordagem que alinhe os processos e a tecnologia, resultando em um plano de adoção da nuvem centrado na TI. Para isso precisamos racionalizar os ativos de TI que temos atualmente e devemos verificar alguns itens, bem como a maneira que os ativos estão sendo usados, se estão corretamente dimensionados e quais suas dependências, dessa forma podemos desenhar um plano de migração dos recursos para a nuvem.
Nesta fase também deve ser feita uma análise nas habilidades e nas funções da organização, pode haver uma confusão com as mudanças de funções decorrentes da adoção da nuvem, funções novas podem ser criadas e algumas podem deixar de existir. Imaginem que a partir da adoção da nuvem teremos cargos como arquiteto ou engenheiro de nuvem que darão suporte as soluções e implementações destas novas tecnologias. Isto deve estar documentado no plano de trabalho a ser desenhado.
Gostou de saber mais sobre as etapas do CAF? Então fique ligado em nosso blog que em breve teremos a segunda parte.
Até o próximo post! 😊